A orientação sexual é parte essencial da identidade de qualquer pessoa, pois “guia” nossa vida afetiva e sexual, nos faz despertar interesses e desejos, leva à criação de laços e aos relacionamentos que construímos na vida. Ser gay, lésbica, bissexual ou pansexual (isso para ficar nas denominações mais comuns) não determina personalidade, é apenas um traço de quem somos.
Neste artigo, a gente vai tratar das orientações sexuais mais comuns e te ajudar a entender melhor sua própria sexualidade e a lidar com ela, ou entender melhor outras pessoas do seu convívio sem pressão nem julgamentos.
EM CADA ORIENTAÇÃO SEXUAL, UMA HISTÓRIA
Antes de falar um pouco sobre as orientações sexuais, é preciso dizer (de novo e de novo e de novo) que identificar ou rotular sua orientação sexual deve ser uma escolha sua, individual, tá bem? E que não há uma resposta única ou correta para a pergunta “Será que eu sou…?”.
Resumidamente, as orientações sexuais são uma expressão do desejo romântico e/ou sexual de alguém em relação a outras pessoas.
De maneira geral, a sociedade está familiarizada com o termo homossexualidade (atração por pessoas do mesmo gênero) como o contrário de heterossexualidade (atração por pessoas do gênero oposto), mas mas tem muuuuitas outras orientações sexuais.
Tem gente que se sente atraíde romanticamente por um grupo de pessoas e sexualmente não; tem o contrário disso; tem quem não sinta atração sexual por ninguém, mas sinta atração romântica/afetiva; tem gente que sente zero atração sentimental por grupo nenhum, só que tem o tesão lá no alto… enfim…
Falar sobre todas as categorias ocuparia as horas de uma semana inteira de trabalho [é, bb, aqui não tem inteligência artificial, não, é tudo escrito no dedo mesmo] – e mesmo assim a gente correria risco de deixar alguém de fora. Então vamos tratar das categorias mais amplas do vale 🌈🦄🐸🦌
Lésbicas: São mulheres – cisgêneros ou transgêneros – que se sentem atraídas romântica e/ou sexualmente por outras mulheres.
Gays: São homens – cisgêneros ou transgêneros – que se sentem atraídos romântica e/ou sexualmente por outros homens.
Bissexuais: São pessoas que se envolvem emocional e/ou sexualmente com pessoas independentemente do gênero.
[Aqui a gente fala um pouco mais sobre bissexualidade.]
Pansexuais: A pansexualidade é a atração romântica e/ou sexual independentemente do gênero ou identidade de gênero da pessoa, sem restrições.
[Para saber mais sobre pansexualidade, clica aqui.]
Assexuais: São pessoas que não sentem atração sexual por ninguém (ou que se sentem muito pouco atraídes sexualmente por alguém). Mas pessoas assexuais podem ter atração romântica por outras.
– Ué, cadê o T? – você me pergunta. E eu te digo que a resposta está no artigo GLS, LGBT, LGBTQIAPN+... qual o significado dessas siglas?
Dentro dessas grandes categorias, existe uma infinidade de possibilidades. Termos como demissexual, sapiossexual, escoliossexual, ginessexual, androssexual etc. são abarcados pelo sinal de + na sigla LGBTQIAPN+, que está sempre sendo revista e ampliada.
SOU BI / GAY / PAN / LÉSBICA! E AGORA?
Algumas pessoas podem achar importante identificar sua orientação sexual para se conectar com comunidades que tiveram experiências semelhantes. Por outro lado, há quem prefira não se rotular ou não se sinta confortável em sua própria identidade sexual e precise de mais tempo ou de mais experiência antes de determinar algo.
Resumindo: cada criaturinha tem o direito de definir sua própria identidade sexual da maneira que achar melhor! E familiares, amigues e sociedade devem criar ambientes inclusivos e respeitosos em que cada pessoa se sinta segura e à vontade para expressar sua sexualidade.
Se você está no processo de descobrir e/ou compreender a própria sexualidade, aqui vão algumas dicas importantes para passar melhor por este momento.
- Tire um tempo para refletir sobre seus sentimentos e atrações. Perceba quais pessoas despertam emoções e desejos, isso é fundamental para a descoberta da orientação sexual.
- Informe-se sobre as diferentes orientações sexuais e entenda as diversas possibilidades. Livros, artigos, internet e conversas entre amigues podem trazer informações valiosas e ajudar a normalizar suas experiências.
- Pratique a autoaceitação e o autoacolhimento. Dê a você o mesmo carinho que daria a amigues.
- Experimente e explore relacionamentos e conexões emocionais com pessoas diferentes. Isso pode auxiliar na compreensão de suas motivações e de seus desejos, mas nunca se esqueça que toda relação afetiva pede responsabilidade, respeito e consentimento.
- Procure apoio na família, nas amizades e profissional. Se isso não for possível, busque comunidades ou grupos de pessoas que já estiveram na mesma situação e que possam oferecer suporte emocional e compartilhar experiências.
Ao se permitir explorar e entender seus próprios sentimentos e desejos, é possível construir uma relação saudável e autônoma com sua orientação sexual.
DEIXA BAIXO, DEIXA BAIXO
A descoberta da orientação sexual é uma jornada pessoal e única, que deve ser experimentada e vivida da forma mais leve e plena possível – de preferência, sem pressão externa e com muito acolhimento.
Aliás, nunca, jamais, em tempo algum, tire alguém do armário ou force que alguém “se assuma”. Cabe a pessoa decidir quando e como sair do armário, e para quem deve ou não falar sobre sua sexualidade.
É essencial lembrar que a orientação sexual não é uma escolha, nem um carma, e sim, uma parte importante de quem a gente é.
E a diversidade deve ser vivida e celebrada!