Se você é do grupo que pergunta “essa boquinha aí, só beija ou também grita ‘foi golpe’?” quando conhece alguém interessante, saiba que não está sozinhe! Quando o assunto é política e sexo, pra 88% das pessoas que responderam o Censo do Sexo pantynova, os opostos NÃO se atraem.
Em semana de eleição, é interessante saber que quase 9 entre 10 pessoas preferem se relacionar com quem tenha o mesmo posicionamento político.
E isso não tem a ver com polaridade nem com falta de diálogo, o lance é que tudo que fazemos é político, desde a escolha do que compramos no mercado até o número que digitamos na urna. Então por que nossos relacionamentos - sejam eles duradouros ou de sexo casual - não seriam guiados por política?
Vale lembrar que política não é só uma escolha partidária ou por um ou outro candidate. Escolher se locomover pela cidade de bicicleta, preferir alimentos de agricultura familiar, adotar um animal de estimação, rebater uma fala machista, são exemplos simples de como fazemos escolhas políticas o tempo todo.
Ah, ficar em cima do muro também é se posicionar politicamente, hein!?
TÁ, MAS E O SEXO?
Bem, a gente pode considerar que se for sexo casual, casual mesmo, daqueles que vocês nunca mais vão se ver, talvez não importe tanto em quem u perceire vai votar no domingo. Mas o lance for ter uma história, mesmo que rápida, mas com conversa e alguma troca além da pootaria, aí, meuzamô, tem que ter aquele algo mais que dê liga. Afinal, a gente não quer ter a surpresa de lidar com uma arminha com a mão no café da manhã depois de uma noite delicinha, né.
Isso não quer dizer que é preciso pensar igual o tempo inteiro, concordar com tudo. É sempre bom conhecer novos pontos de vista, entender que divergências podem ser positivas. O que não pode se desrespeitar e abrir mão das próprias convicções, combinado!?
Quando entendemos que as construções sociais são pautadas por convicções ultrapassadas, que lutamos tanto para combater - os tabus em torno do sexo são exemplos disso, e derrubar essas velhas crenças é um passo fundamental na busca pelo prazer - estar do lado de quem divide os mesmos ideais é importante.
Os modelos sociais e as cobranças que são passadas de geração a geração impactam muito no modo como lidamos com nossos corpos e com os dos outros, com nossa sexualidade, com nosso desempenho sexual e com a forma que gozamos ou que não gozamos…
É, companheires, nosso prazer é político!
SEM MEDO DE SER FELIZ
A pressão pela boa performance na hora do sexo é um entrave na busca pelo prazer. O Censo do Sexo pantynova 2022 mostrou, as pessoas se sentem pressionadas tanto para gozar quanto para fazer o par gozar.
53% das pessoas que responderam ao Censo disseram que se sentem pressionadas para fazer brilhar a sua estrela; somente 13% afirmaram nunca ter sentido nenhum tipo de ansiedade sexual.
A psicanalista Joana Waldorf pontua que parte da ansiedade no sexo acontece porque há o desejo de atender a uma expectativa construída por um discurso social, que está relacionada à lógica capitalista e neoliberal pela alta performance até nas práticas sexuais.
Pra saber mais sobre isso, leia o Censo do Sexo 2022 pantynova!
COMO TÁ O POVO TRANSANTE DO BRASIL?
Desde antes da criação da pantynova, mantemos pesquisas periódicas que nos ajudam a entender melhor o comportamento sexual do povo brasileiro.
Neste ano, achamos que era hora de compartilhar alguns dados do Censo do Sexo pantynova, pra que as pessoas compreendam a importância de dar atenção à sexualidade da mesma forma que dão atenção ao corpo, aos cabelos, à pele...
Bem-estar é autoconhecimento, mores! E autoconhecimento é autoestima!
O Censo do Sexo 2022 da pantynova foi respondido por quase duas mil pessoas de todo o Brasil. Os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de julho de 2022. N=1813 | Intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5%.
A gente espera que esse conteúdo seja mais um disparador de conversas e que ajude o pessoal a se posicionar politicamente em questões relacionadas à sexualidade e a falar sobre sexo e prazer de forma leve, aberta e sem preconceitos.
